Exercícios de potência podem aumentar a expectativa de vida

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Um trabalho apresentado por pesquisadores brasileiros no meeting da Sociedade Europeia de Cardiologia mostrou que as pessoas com maiores valores de potência muscular tendem a viver mais. Por que isso é importante?

Segundo Alex Griebeler, coordenador técnico do Centro de Treinamento Físico e Mental Fabrik, localizado no Lago Sul, a potência muscular pode ser definida como a capacidade de realizar determinado movimento o mais rapidamente possível. Contudo, com o processo de envelhecimento ocorre uma perda dessa valência numa taxa duas vezes maior do que a perda de força. Isso parece distante da realidade de pessoas que não são atletas ou praticantes de esportes, mas é imprescindível para a execução de tarefas diárias, como levantar-se de uma cadeira, subir escadas ou chutar uma bola. Além disso, está relacionada à diminuição da mobilidade e ao aumento do risco de quedas para idosos, explica Griebeler.

O estudo teve a participação de aproximadamente 3.900 adultos com idades entre 41 e 85 anos e média de 59 anos. Nele, os participantes que obtiveram uma potência muscular máxima acima da média para seu gênero tiveram as maiores taxas de sobrevivência. Já os indivíduos abaixo da média tiveram o risco de morte aumentado em até 13 vezes durante o período do estudo, que durou mais de seis anos.

A pesquisa demonstrou uma forte relação entre a potência muscular e o risco de morte por causas variadas. Mas a boa notícia é que você precisa apenas estar acima da média do seu gênero para reduzir esse risco.

A maioria das pessoas que praticam o treinamento de força em academias se preocupa apenas com a quantidade de peso levantada ou o número de repetições. Mas para que haja resultados ótimos no treinamento de potência, devemos adicionar velocidade na execução.

Sendo assim, a inclusão de exercícios de potência nos programas de treinamento para a terceira idade se torna imprescindível. Porém, a seleção dos exercícios deve ser muito criteriosa e progressiva para que a integridade física do praticante seja preservada.

Artigo escrito por Sabrina Mundim para o quadro Na Medida do Jornal Metrópoles. Acesse aqui.